
21 ago Universidades aprovam nome social para inscrição no vestibular
As instituições de ensino estão dando passos cada vez mais significativos para a inclusão social. Em todo o país, diversas universidades estão reconhecendo a identidade de gênero nos registros acadêmicos.
Recentemente, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) liberou o uso do nome social de acordo com a identidade de gênero no ato do cadastro. Os estudantes devem preencher o pedido específico que consta no Menu do Candidato e encaminhar cópia do RG e do CPF. Essas informações constarão nas listagens internas e gabaritos, no entanto, a homologação das inscrições e o resultado final seguirão com o nome que está nos documentos oficiais. A coordenadora geral da Comissão Central do Concurso Vestibular (CCCV), Áurea Viana de Andrade relata:
“Essa é uma forma de tentarmos acolher todos e todas sem fazer distinções. Enquanto universidade e instituição pública entendemos que é nosso compromisso atender as demandas da sociedade”
O reitor Antonio Carlos Aleixo explica que a ação pode beneficiar transexuais e travestis:
“Somos contra qualquer tipo de constrangimento, estigma, preconceito e violência. Por isso, acreditamos que com o documento vamos ajudar a combater preconceitos e preconceituosos, bem como construir uma cultura de respeito, diversidade, inclusão social e democracia”
Em 2014, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou por unanimidade o uso do nome social, assim como Universidade Estadual de Ponta Grossa (UPGE), Unesp (Universidade Estadual Paulista), Universidade Federal do Amapá (Unifap) e muitas outras. Estima-se que apenas 13 universidades federais não têm nenhuma resolução interna em relação a questão do nome social. A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) Keila Simpson, em matéria publicada no portal G1, crê que tais medidas darão mais segurança à essa pessoas para ingressar nas universidades:
“Qualquer ato que venha a favorecer uma pessoa travesti ou transexual no Brasil já vai valer nossa luta. Com o nome social, as pessoas que tinham dificuldade de fazer um curso voltam a ter vontade de enfrentar esse processo”
Os nomes sociais são utilizados para o tratamento dos indivíduos, visto que a assinatura com outro nome em documentos oficiais pode configurar crime de falsidade ideológica e conflito com os documentos civis. Apesar disso, o grande avanço nessa questão social é muito importante para a aceitação da minoria e diminuição de preconceitos enraizados na sociedade.
As instituições de ensino têm um peso muito forte na sociedade, especialmente na formação de pessoas que estarão inseridas no mercado de trabalho e precisam ser tolerantes com as minorias. O impacto de iniciar esse reconhecimento reflete diretamente na representatividade, ainda tímida, dentro das instituições.
A Matheus Soluções – Sistemas de Gestão Escolar – disponibiliza ao mercado do ensino soluções e ferramentas que podem auxiliar as escolas na melhoria de seus processos e no gerenciamento de informações. Em suas rotinas internas, adotou a inserção do nome social, que pode ser utilizado nos casos de alunos transgêneros, reconhecendo que esse é um direito conquistado pela sociedade moderna.
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